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=encoding utf8

=head1 NOME

perldsc - Perl Data Structures Cookbook (estruturas de dados complexas)

=head1 DESCRIÇÃO

A mais importante funcionalidade que infelizmente faltava em Perl, até a versão 5.0, 
era a capacidade de lidar com estrutura de dados complexas. Mesmo sem suporte 
direto na linguagem, alguns bravos programadores conseguiram emular seu 
funcionamento, mas era um trabalho árduo e não era para os de coração fraco.

Você poderia ocasionalmente se virar com a notação C<$m{$AoA,$b}>, emprestada
de B<awk>, e, que as chaves eram a string concatenada C<"$AoA$b">, mas
transversar e ordenar era difícil.

Programadores mais desesperados chegaram a hackear a tabela de símbolos de Perl
diretamente, uma estratégia que se mostrava difícil de desenvolver e manter -- para
dizer o mínimo.

A versão 5.0 de Perl nos permite ter estruturas de dados complexas. Você agora pode
escrever alguma coisa como isso, e, do nada, ter um array de três dimensões!

    for $x (1 .. 10) {
    for $y (1 .. 10) {
        for $z (1 .. 10) {
        $AoA[$x][$y][$z] =
            $x ** $y + $z;
        }
    }
    }

[N.T.: O nome da variável AoA vem do inglês "Array of Arrays", e foi mantido conforme o original.
O mesmo acontecerá com variáveis chamadas AoH ("Array of Hashes"), HoA ("Hash of Arrays")
e HoH ("Hash of Hashes")]

Por mais simples que isso possa parecer, existem detalhes escondidos muito mais
elaborados do que vêem os olhos!

Como você imprime isso? Por que você não pode simplesmente dizer C<print @AoA>? 
Como você ordena isso? Como você pode passar isso para uma função, ou obter um
desses de uma função?  Isso é um objeto? Você pode salvá-lo no disco para obtê-lo de
volta mais tarde? Como você acessa as linhas e colunas dessa matriz? Todos os valores
precisam ser numéricos?

Como você pode ver, é fácil ficar confuso. Embora uma pequena parte da dificuldade
pudesse ser atribuída à implementação baseada em referências, era muito mais devido
a ausência de documentação com exemplos escritos para o iniciante.

Este documento tem como objetivo ser um tratamento detalhado porém compreensível
de muitos tipos de estruturas de dados que você poderá precisar. Ele também serve
como um "livro de receitas", ou de exemplos. Dessa forma, quando você precisar criar
uma dessas estruturas complexas, você pode simplesmente selecionar um dos
exemplos disponíveis aqui.

Vamos ver cada uma dessas possíveis estruturas em detalhe. Temos seções separadas
para cada um desses itens:

=over 5

=item * arrays de arrays

=item * hashes de arrays

=item * arrays de hashes

=item * hashes de hashes

=item * estruturas mais elaboradas

=back

Mas, por enquanto, vamos dar uma olhada em questões mais gerais, comuns a todos
estes tipos de estruturas de dados.

=head1 REFERÊNCIAS

A coisa mais importante para compreender todas as estruturas de dados em Perl
-- incluindo as arrays multidimensionais -- é que, embora possa não parecer, os
C<@ARRAY>s e C<%HASH>es em Perl são sempre unidimensionais; eles só podem
guardar valores escalares (strings, números ou referências). Eles não podem conter
outras arrays ou hashes, mas, ao invés disso, podem conter I<referências> para
outros arrays e hashes.

Você não pode usar uma referência para um array ou um hash exatamente da 
mesma maneira que você usaria um array ou hash diretamente. Para programadores 
de C ou C++ isso pode parecer confuso. Se for o caso, pense que existe uma 
diferença entre a estrutura e o ponteiro para a estrutura. (N.T.: É como aquele ditado zen 
que diz: "O dedo aponta para a lua, mas ai daquele que confundir o dedo com a lua.")

Você pode (e deve) ler mais sobre referências em L<perlref>. Basicamente, referências
são como ponteiros, pois elas sabem para quem estão apontando. (Objetos também 
são um tipo de referência, mas nós não iremos precisar deles por enquanto.)

Isso significa que quando você tem algo que parece conter uma estrutura de duas ou
mais dimensões, o que você tem, na verdade, é simplesmente uma estrutura
unidimensional contendo referências para o próximo nível. Na prática, é como se você
pudesse usá-la como se fosse multidimensional. (É assim que a maioria das arrays
multidimensionais em C também funcionam.)

    $array[7][12]           # array of arrays
    $array[7]{string}           # array of hashes
    $hash{string}[7]            # hash of arrays
    $hash{string}{'another string'} # hash of hashes

Agora, como o nível superior contém apenas referências, se você tentar imprimir
sua array com uma função print(), você vai obter algo não muito bonito, como:

    @AoA = ( [2, 3], [4, 5, 7], [0] );
    print $AoA[1][2];
  7
    print @AoA;
  ARRAY(0x83c38)ARRAY(0x8b194)ARRAY(0x8b1d0)

Isso acontece porque Perl nunca dereferencia  implicitamente suas variáveis.
Se você quer a coisa para a qual a referência está apontando, então você
precisa indicar isso explicitamente, com "prefix typing indicators" como
C<${$blah}>, C<@{$blah}>, C<@{$blah[$i]}>, ou "postfix pointer arrows",
como C<$a-E<gt>[3]>, C<$h-E<gt>{fred}>, ou mesmo
C<$ob-E<gt>method()-E<gt>[3]>.

=head1 ERROS COMUNS

Os dois erros mais comuns ao construir algo como uma array de arrays
são a) acidentalmente contar o número de elementos ou b) obter uma
referência para a mesmo alocação de memória repetidamente.

Aqui está o exemplo em que você obtêm uma contagem ao invés de 
uma lista aninhada:

    for $i (1..10) {
    @array = somefunc($i);
    $AoA[$i] = @array;  # ERRADO!
    }

Isto é simplesmente o mesmo que que atribuir um array a um escalar
e obter sua contagem de elementos. Se fosse isso que você quisesse
fazer, você poderia muito bem ser um pouquinho mais explícito, assim:

    for $i (1..10) {
    @array = somefunc($i);
    $counts[$i] = scalar @array;
    }

Aqui está o outro exemplo, de obter uma referência para a mesma
alocação de memória, de novo e de novo:

    for $i (1..10) {
    @array = somefunc($i);
    $AoA[$i] = \@array; # ERRADO!
    }

Mas, qual é o problema com isso? Parece certo, não parece? Afinal,
eu acabei de dizer que você precisaria de um array de referências,
então, por deus, você me deu uma!

Infelizmente, embora isso seja verdade, ainda não funciona. Todas as
referências em @AoA se referem a I<exatamente o mesmo lugar>, e
por isso irá conter o que quer que fique em @array no final. É similar
ao problema demonstrado nesse programa em C:

    #include <pwd.h>
    main() {
    struct passwd *getpwnam(), *rp, *dp;
    rp = getpwnam("root");
    dp = getpwnam("daemon");

    printf("daemon name is %s\nroot name is %s\n",
        dp->pw_name, rp->pw_name);
    }

Que irá imprimir

    daemon name is daemon
    root name is daemon

O problema é que ambos C<rp> e C<dp> são ponteiros para a mesma
locação da memória! Em C, você teria que lembrar de malloc() alguma memória
nova. Em Perl, você usa o construtor de array C<[]> ou o construtor de
hash C<{}>.

Esta é a maneira correta de se fazer o código anterior funcionar:

    for $i (1..10) {
    @array = somefunc($i);
    $AoA[$i] = [ @array ];
    }

Os colchetes fazem uma referência para uma nova array com uma I<cópia>
do que está em @array no momento da atribuição. É isso o que você quer.

[N.T.: O trecho a seguir está confuso.]

Note que isto irá produzir um resultado similar, embora seja bem mais
difícil de ler:

    for $i (1..10) {
    @array = 0 .. $i;
    @{$AoA[$i]} = @array;
    }

É a mesma coisa? Talvez sim, talvez não. A diferença sutil é que quando
você atribui alguma coisa em colchetes, você tem certeza de que é uma
nova referência com uma I<cópia> dos dados. Algo completamente
diferente pode acontecer com a dereferência do lado esquerdo da
atribuição (C<@{$AoA[$i]}}>). Tudo dependeria se C<$AoA[$i]> 
estivesse indefinido, para começar, ou se já contivesse uma referência.
Se @AoA já estivesse populada, como em

    $AoA[3] = \@another_array;

Nesse caso a atribuição com a dereferência do lado esquerdo usaria
a referência que já estava lá:

    @{$AoA[3]} = @array;

É claro que isso I<teria> o efeito "interessante" de sobrescrever ("clobbering")
@another_array. (Você já reparou que quando um programador diz que
alguma coisa é "interessante", ao invés de significar "intrigante", é muito mais
provável que signifique "perturbador", "difícil", ou os dois? :-))

Então, lembre-se apenas de sempre usar os construtores de array e de hash
com C<[]> ou C<{}>, e você estará bem, mesmo que não seja optimamente
eficiente.

Surpreendentemente, a seguinte construção de aparência perigosa vai 
funcionar muito bem:

    for $i (1..10) {
        my @array = somefunc($i);
        $AoA[$i] = \@array;
    }

Isso acontece por que my() é mais uma declaração de tempo de execução do que
de tempo de compilação I<por si>. Isso significa que a variável em my()  é
renovada constantemente, a cada volta do loop. Assim, embora I<parecesse>
que você estava guardando a mesma variável cada vez, na verdade não era isso
que você estava fazendo! Esta distinção sutil pode produzir código mais eficiente,
sob o risco de enganar todos exceto os programadores mais experientes. Por isso,
eu normalmente recomendo não ensinar isso para iniciantes. De fato, a não ser 
quando vou passar argumentos para uma função, eu nunca gosto de ver o
operador "me-dá-uma-referência" (a contrabarra) por todo o código. Ao invés disso,
eu recomendo aos iniciantes que eles (e a maioria de nós) tentem usar os
construtores muito mais legíveis C<[]> e C<{}>, ao invés de esperar que o
escopo léxico (ou dinâmico) e a contagem de referências façam a coisa certa por
trás das cenas. 

Em resumo:

    $AoA[$i] = [ @array ];  # usualmente melhor
    $AoA[$i] = \@array;     # perilous; exatamente como my() estava naquele array?
    @{ $AoA[$i] } = @array; # modo bastante complicado para muitos programadores

=head1 PROBLEMA DE PRECEDÊNCIA

Por falar em coisas como C<@{$AoA[$i]}>, os dois exemplos a seguir são, na 
verdade, a mesma coisa:

    $aref->[2][2]   # claro
    $$aref[2][2]    # confuso

Isso acontece pois as regras de precedência do Perl em relação aos seus
cinco dereferenciadores (que parecem xingamento: C<$ @ * % &>) fazem
com que eles sejam avaliados antes dos índices entre colchetes ou chaves! 
Isso certamente virá como um grande choque para programadores C ou C++,
familiarizados com C<*a[i]> significando aquilo que é apontado pelo I<i-ésimo>
elemento de C<a>. Isto é, eles primeiro pegam o índice e só então dereferenciam
a coisa naquela posição. É assim em C, mas não estamos falando de C.

A construção aparentemente equivalente em Perl, C<$$aref[$i]> primeiro
dereferencia $aref, fazendo com que use $aref como referência para um
array, e então dereferencia isso, e finalmente te diz o I<i-ésimo> valor do
array apontado pelo $AoA. Se você quisesse fazer como em C, teria que
escrever C<${$AoA[$i]}> para forçar C<$AoA[$i]> a ser avaliado antes do
dereferenciador C<$> do início.

=head1 POR QUE VOCÊ DEVE SEMPRE USAR C<use strict>

Se tudo isso está começando a parecer mais assustador do que vale a pena,
relaxe. Perl tem algumas características para ajudá-lo a evitar os erros mais
comuns. A melhor maneira de evitar confusão é iniciar todo programa assim:

    #!/usr/bin/perl -w
    use strict;

Desse modo, você será forçado a declarar todas as suas variáveis com my()
e também impedirá a "dereferência simbólica" acidental. Portanto, se você
tivesse feito isso:

    my $aref = [
    [ "fred", "barney", "pebbles", "bambam", "dino", ],
    [ "homer", "bart", "marge", "maggie", ],
    [ "george", "jane", "elroy", "judy", ],
    ];

    print $aref[2][2];

O compilador avisaria o erro imediatamente, I<em tempo de compilação>,
porque você estaria acessando acidentalmente C<@aref>, uma variável
não declarada, e você seria então lembrado para escrever da seguinte 
forma:

    print $aref->[2][2]

=head1 DEPURAÇÃO

Antes da versão 5.002, o debugger padrão de Perl não fazia um bom trabalho
ao imprimir estruturas de dados complexas. Com 5.002 e acima, o debugger
inclui várias funcionalidades novas, incluindo edição de linha de comando bem
como o comando C<x> para imprimir estruturas de dados complexas. Por
exemplo, dada a atribuição para $AoA acima, aqui está a saída do debugger:

    DB<1> x $AoA
    $AoA = ARRAY(0x13b5a0)
       0  ARRAY(0x1f0a24)
      0  'fred'
      1  'barney'
      2  'pebbles'
      3  'bambam'
      4  'dino'
       1  ARRAY(0x13b558)
      0  'homer'
      1  'bart'
      2  'marge'
      3  'maggie'
       2  ARRAY(0x13b540)
      0  'george'
      1  'jane'
      2  'elroy'
      3  'judy'

=head1 EXEMPLOS DE CÓDIGO

Apresentados com poucos comentários (estes receberão suas próprias páginas
de documentação algum dia), aqui estão pequenos exemplos de código que
ilustram vários tipos de estruturas de dados.

=head1 ARRAYS DE ARRAYS

=head2 Declaração de uma ARRAY DE ARRAYS

 @AoA = (
        [ "fred", "barney" ],
        [ "george", "jane", "elroy" ],
        [ "homer", "marge", "bart" ],
      );

=head2 Geração de uma ARRAY DE ARRAYS

 # lendo de um arquivo
 while ( <> ) {
     push @AoA, [ split ];
 }

 # chamando uma função
 for $i ( 1 .. 10 ) {
     $AoA[$i] = [ somefunc($i) ];
 }

 # usando variáveis temporárias
 for $i ( 1 .. 10 ) {
     @tmp = somefunc($i);
     $AoA[$i] = [ @tmp ];
 }

 # adição uma linha existente
 push @{ $AoA[0] }, "wilma", "betty";

=head2 Acesso e Impressão de uma ARRAY DE ARRAYS

 # um elemento
 $AoA[0][0] = "Fred";

 # outro elemento
 $AoA[1][1] =~ s/(\w)/\u$1/;

 # imprimir tudo com refs
 for $aref ( @AoA ) {
     print "\t [ @$aref ],\n";
 }

 # imprimir tudo com índices
 for $i ( 0 .. $#AoA ) {
     print "\t [ @{$AoA[$i]} ],\n";
 }

 # imprimir tudo de um em um
 for $i ( 0 .. $#AoA ) {
     for $j ( 0 .. $#{ $AoA[$i] } ) {
         print "elt $i $j is $AoA[$i][$j]\n";
     }
 }

=head1 HASHES DE ARRAYS

=head2 Declaração de um HASH DE ARRAYS

 %HoA = (
        flintstones        => [ "fred", "barney" ],
        jetsons            => [ "george", "jane", "elroy" ],
        simpsons           => [ "homer", "marge", "bart" ],
      );

=head2 Geração de um HASH DE ARRAYS

 # lendo de um arquivo
 # flintstones: fred barney wilma dino
 while ( <> ) {
     next unless s/^(.*?):\s*//;
     $HoA{$1} = [ split ];
 }

 # lendo de um arquivo; mais variáveis temporárias
 # flintstones: fred barney wilma dino
 while ( $line = <> ) {
     ($who, $rest) = split /:\s*/, $line, 2;
     @fields = split ' ', $rest;
     $HoA{$who} = [ @fields ];
 }

 # chamando uma função que retorna uma lista
 for $group ( "simpsons", "jetsons", "flintstones" ) {
     $HoA{$group} = [ get_family($group) ];
 }

 # idem, mas usando variáveis temporárias
 for $group ( "simpsons", "jetsons", "flintstones" ) {
     @members = get_family($group);
     $HoA{$group} = [ @members ];
 }

 # adiciona novos membros na família
 push @{ $HoA{"flintstones"} }, "wilma", "betty";

=head2 Acesso e Impressão de um HASH DE ARRAYS

 # um elemento
 $HoA{flintstones}[0] = "Fred";

 # outro elemento
 $HoA{simpsons}[1] =~ s/(\w)/\u$1/;

 # imprimir todas as coisas
 foreach $family ( keys %HoA ) {
     print "$family: @{ $HoA{$family} }\n"
 }

 # imprimir na totalidade com índices
 foreach $family ( keys %HoA ) {
     print "family: ";
     foreach $i ( 0 .. $#{ $HoA{$family} } ) {
         print " $i = $HoA{$family}[$i]";
     }
     print "\n";
 }

 # imprimir na totalidade ordenado por número dos membros
 foreach $family ( sort { @{$HoA{$b}} <=> @{$HoA{$a}} } keys %HoA ) {
     print "$family: @{ $HoA{$family} }\n"
 }

 # imprimir na totalidade ordenado pelo número e nome dos membros
 foreach $family ( sort {
                @{$HoA{$b}} <=> @{$HoA{$a}}
                    ||
                    $a cmp $b
        } keys %HoA )
 {
     print "$family: ", join(", ", sort @{ $HoA{$family} }), "\n";
 }

=head1 ARRAYS DE HASHES

=head2 Declaração de um ARRAY DE HASHES

 @AoH = (
        {
            Lead     => "fred",
            Friend   => "barney",
        },
        {
            Lead     => "george",
            Wife     => "jane",
            Son      => "elroy",
        },
        {
            Lead     => "homer",
            Wife     => "marge",
            Son      => "bart",
        }
  );

=head2 Geração de um ARRAY DE HASHES

 # lendo de um arquivo
 # formato: LEAD=fred FRIEND=barney
 while ( <> ) {
     $rec = {};
     for $field ( split ) {
         ($key, $value) = split /=/, $field;
         $rec->{$key} = $value;
     }
     push @AoH, $rec;
 }


 # lendo de um arquivo
 # formato: LEAD=fred FRIEND=barney
 # sem temp
 while ( <> ) {
     push @AoH, { split /[\s+=]/ };
 }

 # chamando uma função que retorna uma lista de pares chave/valor como
 # "lead","fred","daughter","pebbles"
 while ( %fields = getnextpairset() ) {
     push @AoH, { %fields };
 }

 # idem, mas sem usar variáveis temporárias 
 while (<>) {
     push @AoH, { parsepairs($_) };
 }

 # adiciona chave/valor a um elemento
 $AoH[0]{pet} = "dino";
 $AoH[2]{pet} = "santa's little helper";

=head2 Acesso e Impressão de um ARRAY DE HASHES

 # um elemento
 $AoH[0]{lead} = "fred";

 # outro elemento
 $AoH[1]{lead} =~ s/(\w)/\u$1/;

 # imprime tudo com refs
 for $href ( @AoH ) {
     print "{ ";
     for $role ( keys %$href ) {
         print "$role=$href->{$role} ";
     }
     print "}\n";
 }

 # imprime tudo com índices
 for $i ( 0 .. $#AoH ) {
     print "$i is { ";
     for $role ( keys %{ $AoH[$i] } ) {
         print "$role=$AoH[$i]{$role} ";
     }
     print "}\n";
 }

 # imprime tudo, um por vez
 for $i ( 0 .. $#AoH ) {
     for $role ( keys %{ $AoH[$i] } ) {
         print "elt $i $role is $AoH[$i]{$role}\n";
     }
 }

=head1 HASHES DE HASHES

=head2 Declaração de um HASH DE HASHES

 %HoH = (
        flintstones => {
        lead      => "fred",
        pal       => "barney",
        },
        jetsons     => {
        lead      => "george",
        wife      => "jane",
        "his boy" => "elroy",
        },
        simpsons    => {
        lead      => "homer",
        wife      => "marge",
        kid       => "bart",
    },
 );

=head2 Geração de um HASH DE HASHES

 # lendo de um arquivo
 # flintstones: lead=fred pal=barney wife=wilma pet=dino
 while ( <> ) {
     next unless s/^(.*?):\s*//;
     $who = $1;
     for $field ( split ) {
         ($key, $value) = split /=/, $field;
         $HoH{$who}{$key} = $value;
     }


 # lendo de um arquivo; mais temps
 while ( <> ) {
     next unless s/^(.*?):\s*//;
     $who = $1;
     $rec = {};
     $HoH{$who} = $rec;
     for $field ( split ) {
         ($key, $value) = split /=/, $field;
         $rec->{$key} = $value;
     }
 }

 # chamando uma função que retorna um hash chave,valor
 for $group ( "simpsons", "jetsons", "flintstones" ) {
     $HoH{$group} = { get_family($group) };
 }

 # idem, mas usando variáveis temporárias
 for $group ( "simpsons", "jetsons", "flintstones" ) {
     %members = get_family($group);
     $HoH{$group} = { %members };
 }

 # adiciona novos membros a família existente
 %new_folks = (
     wife => "wilma",
     pet  => "dino",
 );

 for $what (keys %new_folks) {
     $HoH{flintstones}{$what} = $new_folks{$what};
 }

=head2 Acesso e Impressão de um HASH DE HASHES

 # um elemento
 $HoH{flintstones}{wife} = "wilma";

 # outro elemento
 $HoH{simpsons}{lead} =~ s/(\w)/\u$1/;

 # imprime tudo
 foreach $family ( keys %HoH ) {
     print "$family: { ";
     for $role ( keys %{ $HoH{$family} } ) {
         print "$role=$HoH{$family}{$role} ";
     }
     print "}\n";
 }

 # imprime tudo reordenado
 foreach $family ( sort keys %HoH ) {
     print "$family: { ";
     for $role ( sort keys %{ $HoH{$family} } ) {
         print "$role=$HoH{$family}{$role} ";
     }
     print "}\n";
 }


 # imprime tudo reordenado pelo número de membros
 foreach $family ( sort { keys %{$HoH{$b}} <=> keys %{$HoH{$a}} } keys %HoH ) {
     print "$family: { ";
     for $role ( sort keys %{ $HoH{$family} } ) {
         print "$role=$HoH{$family}{$role} ";
     }
     print "}\n";
 }

 # estabelece um critério de ordenação (rank) para cada parte
 $i = 0;
 for ( qw(lead wife son daughter pal pet) ) { $rank{$_} = ++$i }

 # agora imprime tudo ordenado pelo números dos membros
 foreach $family ( sort { keys %{ $HoH{$b} } <=> keys %{ $HoH{$a} } } keys %HoH ) {
     print "$family: { ";
     # e imprime estes de acordo com a ordem do rank
     for $role ( sort { $rank{$a} <=> $rank{$b} }  keys %{ $HoH{$family} } ) {
         print "$role=$HoH{$family}{$role} ";
     }
     print "}\n";
 }


=head1 ESTRUTURAS MAIS ELABORADAS

=head2 Declaração de ESTRUTURAS MAIS ELABORADAS

Aqui está um exemplo mostrando como criar e usar um registro ("record")
cujos campos são de muitos tipos diferentes:

     $rec = {
     TEXT      => $string,
     SEQUENCE  => [ @old_values ],
     LOOKUP    => { %some_table },
     THATCODE  => \&some_function,
     THISCODE  => sub { $_[0] ** $_[1] },
     HANDLE    => \*STDOUT,
     };

     print $rec->{TEXT};

     print $rec->{SEQUENCE}[0];
     $last = pop @ { $rec->{SEQUENCE} };

     print $rec->{LOOKUP}{"key"};
     ($first_k, $first_v) = each %{ $rec->{LOOKUP} };

     $answer = $rec->{THATCODE}->($arg);
     $answer = $rec->{THISCODE}->($arg1, $arg2);

     # cuidado de bloco extra de colchetes na referência a filehandle
     print { $rec->{HANDLE} } "a string\n";

     use FileHandle;
     $rec->{HANDLE}->autoflush(1);
     $rec->{HANDLE}->print(" a string\n");

=head2 Declaração de um HASH DE ESTRUTURAS COMPLEXAS

     %TV = (
        flintstones => {
            series   => "flintstones",
            nights   => [ qw(monday thursday friday) ],
            members  => [
                { name => "fred",    role => "lead", age  => 36, },
                { name => "wilma",   role => "wife", age  => 31, },
                { name => "pebbles", role => "kid",  age  =>  4, },
            ],
        },

        jetsons     => {
            series   => "jetsons",
            nights   => [ qw(wednesday saturday) ],
            members  => [
                { name => "george",  role => "lead", age  => 41, },
                { name => "jane",    role => "wife", age  => 39, },
                { name => "elroy",   role => "kid",  age  =>  9, },
            ],
         },

        simpsons    => {
            series   => "simpsons",
            nights   => [ qw(monday) ],
            members  => [
                { name => "homer", role => "lead", age  => 34, },
                { name => "marge", role => "wife", age => 37, },
                { name => "bart",  role => "kid",  age  =>  11, },
            ],
         },
      );

=head2 Geração de um HASH DE ESTRUTURAS COMPLEXAS

     # Lendo de um arquivo
     # this is most easily done by having the file itself be
     # in the raw data format as shown above.  perl is happy
     # to parse complex data structures if declared as data, so
     # sometimes it's easiest to do that

     # aqui está acumulado fragmento por fragmento
     $rec = {};
     $rec->{series} = "flintstones";
     $rec->{nights} = [ find_days() ];

     @members = ();
     # assume este arquivo na sintaxe field=value
     while (<>) {
         %fields = split /[\s=]+/;
         push @members, { %fields };
     }
     $rec->{members} = [ @members ];

     # agora guarde de tudo
     $TV{ $rec->{series} } = $rec;

     ###########################################################
     # Agora, você provavelmente quer fazer campos extras interessantes que
     # incluem ponteiros de volta na mesma estrutura de dados, então se
     # mudar uma peça, muda em todo local, como por exemplo
     # se você quis um campo {kids} que fosse uma referência
     # para um array de registros kids sem ter que duplicar
     # registros e sem ter problemas de atualização
     ###########################################################
     foreach $family (keys %TV) {
         $rec = $TV{$family}; # ponteiro temporário
         @kids = ();
         for $person ( @{ $rec->{members} } ) {
             if ($person->{role} =~ /kid|son|daughter/) {
                 push @kids, $person;
             }
         }
         # LEMBRE-SE: $rec e $TV{$family} apontam para os mesmos dados!!
         $rec->{kids} = [ @kids ];
     }

     # Você copiou o array, mas o array em si contém ponteiros
     # para objetos não copiados. Isso significa que se você fazer Bart envelhecer via:

     $TV{simpsons}{kids}[0]{age}++;

     # Então isso também mudaria em
     print $TV{simpsons}{members}[2]{age};

     # pois $TV{simpsons}{kids}[0] e $TV{simpsons}{members}[2]
     # ambos apontam para a mesma tabela hash anônima

     # Imprime tudo
     foreach $family ( keys %TV ) {
         print "the $family";
         print " is on during @{ $TV{$family}{nights} }\n";
         print "its members are:\n";
         for $who ( @{ $TV{$family}{members} } ) {
             print " $who->{name} ($who->{role}), age $who->{age}\n";
         }
         print "it turns out that $TV{$family}{lead} has ";
         print scalar ( @{ $TV{$family}{kids} } ), " kids named ";
         print join (", ", map { $_->{name} } @{ $TV{$family}{kids} } );
         print "\n";
     }

=head1 Ligação de Banco de Dados

Você não pode facilmente amarrar uma estrutura de dados multi-nível (como hashes de hashes) para um
arquivo dbm. O primeiro problema é que todos menos GBDM e o Berkeley DB tem limitações de tamanho,
mas além disso, você também tem problemas em como referências vão se representadas no disco. Um módulo
experimental que faz uma tentativa parcial de resolver esse necessidade é o MLDBM. Cheque o site CPAN mais
próximo como descrito em L<perlmodlib> para o código fonte do MLDBM. 

=head1 VEJA TAMBÉM

L<perlref>, L<perllol>, L<perldata>, L<perlobj>

=head1 AUTOR

Tom Christiansen <F<tchrist@perl.com>>


=head1 TRADUÇÃO

Nicholas Amorim <nicholasamorim@gmail.com>

Nelson Ferraz <nferraz@gmail.com>

Joênio Costa

Breno G. de Oliveira <garu@cpan.org>

Ronaldo Lima

Marco Lima